segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Parte 7 - Para entender o próximo capítulo

Como todos os outros relacionamentos entre seres humanos,
o meu com Pânico também não tem nada de lógico. Vivemos
num mundo maravilhos só nosso, onde ninguém entra, e óbvio,
a gente também não sai. É o paraíso dos amantes,
diria...e dos que gostam de emoções.

A premissa é única: em nossa vida, tudo que é bom dura
pouco
. E é bom que continue assim.

Explico-me. Por mais cruel que seja viver na ansiedade,
ela é o berço de nosso amor. Quando as coisas vão bem e,
de repente, vão mal, é ótimo. Estatisticamente, é o que mais
acontece com as pessoas. É o normal. Nós gostamos do normal.


Mas quando as coisas vão bem e continuam bem durante muito
tempo, aí sim é o caos! Felicidade eterna tem cheiro de fim de
filme, lembra uma pedra com nome num gramado verdinho.


É por isso que criança boa é criança que chora. Férias na praia
tem que chover um pouco. Festa de aniversário tem que faltar
alguma coisa. Foto memorável tem que sair borrada. Mas,
entenda, não é torcer para tudo dar errado, mas para que tudo
seja normal, estatisticamente normal.


E entenda-se normal por infelicidades numa situação
sob controle
porque aqui, nem eu nem Pânico,
rasgamos dinheiro. Ainda!

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