.E não é que Maria tinha razão. Depois daquela noite, havia
encontrado minha nova obsessão. Deixei de lado o
policiamento racional e passei a monitorar minha
respiração. Calma e pausadamente. Enche. Esvazia.
Enche. Esvazia...
"Por que não entra para a natação já que yoga
ainda é demais para sua cabeça?", perguntou meu
digníssimo marido. Era, sem dúvida, uma excelente idéia.
Nunca esqueci de uma professora de Psicologia da época da
faculdade que dizia que neuróticos, compulsivos e obsessivos
são como peixes, só sobrevivem na água. E se a velha
estava certa, Pânico então era o quarto elemento.
Segunda-feira, 10 da manhã, todos na piscina. Quarta, sexta
e segunda de novo. No fim de 3 meses, era como se tivesse
nascido dentro de uma banheira. Eu estava apaixonada e,
acredito, meu amigo Pânico também. Pois durante esse
tempo não tive notícias dele.
Mas o santo começou a desconfiar, e claro, eu também.
Até um dia, imagine você, que resolvi perguntar
"Ei, amigo Pânico, você está aí?".Foi o meu segundo grande erro.
sábado, 26 de janeiro de 2008
Parte 6 - E agora, Maria?
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