domingo, 13 de janeiro de 2008

Parte 1 - Do caos ao Lama

A minha estória com meu amigo Pânico começou há uns 2 anos, de um jeito muito particular. Digo particular porque, é bom esclarecer cedo, serei muito cuidadosa com as palavras. Pânico é um ser sensível, e atento. Digamos então que fui, na verdade mais sincera, convencida a aceitá-lo como partner. É aquela velha estória, se não pode ir contra o inimigo, convide-o para um chá!

Nosso primeiro encontro aconteceu durante um almoço. Ele apareceu como um zumbido no ouvido, do tipo Labirintite, e me acompanhou durante o café.
Último gole, xícara no pires e deu-se o caos. Tudo assim,
muito rápido
. O zumbido foi tomando proporções que
extrapolavam qualquer bom senso. Do caixa, fui direto para o hospital.

Labirintite é assim. Se seu pai tem, e sua avó teve, você
provavelmente terá também. Só que não aos 28 anos.
E sentada na sala de espera do Otorrino, senti as coisas se
acalmarem. Mas, pelo sim, pelo não, fiquei para a consulta.

Dei a ficha completa – o mais multidisciplinar possível. Mãe
de 2 crianças, marido trabalhando demais, lista de espera para
consertos em casa. “Clássico”, ouvi. E clássica também
foi a recomendação – descanso, chá e um calmante leve,
se tiver. “Com sorte, não passará de um susto!”,
completou. “Menos mal”.

Mas de menos, aquele mal não tinha nada. Voltei para casa com
um saquinho de chá japonês, um punhado de incensos e uma
sensação gelada de que o zumbido era um
primeiro sinal
. Seja pela fé, ou pela ciência,
era preciso prestar atenção. E esse, meus amigos,
descobri mais tarde, foi o meu primeiro grande erro!

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