sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

A maldição do amigo eterno

Estava eu sendo atacada por todos os lados. Crianças, marido,
trabalho, a lâmpada queimada do banheiro e a lista de compras
na geladeira apontavam ininteruptamente em minha direção:
"Culpada! Culpada! Culpada".

E foi assim, sem nenhuma explicação, que fui
arrebatada. Coração em fúria, pulmões em colapso e,
como num sussuro, a revelação..."você foi a escolhida".

Deste dia em diante, como que um encosto, uma maldição
ou um cachorro carente, eu e meu amigo pânico nos
tornamos fieis e leais parceiros. Ele não me deixa e eu
não deixo de pensar nele. Somos amigos para sempre.
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